terça-feira, 4 de janeiro de 2011



O AVIVAMENTO DE QUE PRECISAMOS -


“Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia”. (Hc. 3:2).

INTRODUÇÃO - O momento em que vivemos é pleno de crise. Há crise em todos os níveis da vida: pessoal, familiar, eclesial, social, institucional, econômica, política, ética, moral... Crise não significa necessariamente um momento de agonia. Ela pode ser sinal de vitalidade, de reação contra as circunstâncias atuais e presentes na vida. Uma crise pode ser um momento de oportunidade de transformação. Indica um sinal de perigo, levando-nos a diagnosticá-las e a buscar caminhos de transformação. Há crise na vida pessoal: falta de identidade, de sentido, de valores e de perspectivas. Todas elas provocadas por fatores dos mais diversos: humanos, sociais, econômicos, emocional...

A família vive um momento difícil de adaptação, transformação e de busca de solidificação. Há um esfacelamento familiar nos dias de hoje em boa parte dos lares. Essas crises são afetadas pela crise de valores: valores morais, éticos e espirituais. Apesar de todo o anseio por espiritualidade presente nos dias de hoje, há um vazio existencial e relacional na vida humana.

A crise de moralidade é séria e afeta a todos os níveis da vida pessoal, familiar, institucional, trabalhista e relacional. Falta confiabilidade nos dias de hoje. A corrupção campeia em todas as partes. A vida política, econômica e social vive momentos críticos. Boa parte do povo sofre a falta de recursos mínimos e básicos para a sua sobrevivência. Cada dia mais descaracteriza-se o sentido sagrado dado por Deus à vida. O ser humano é desumanizado. Os sistemas têm marginalizado as pessoas e os agrupamentos sociais. Caem certos sistemas, outros passam a assumir o fio condutor da História, mas a carência humana continua. Há ausência de habilitação, de terra para se plantar, de educação, assistência médica, alimentação, justiça e salários dignos. No meio desta situação vivemos próximos de sinais de morte. Jesus disse que veio nos trazer vida plena e abundante em todos os sentidos (Jo. 10:10). Tem faltado essa plenitude de vida.

É diante deste quadro e contexto que surge a grande carência de um genuíno avivamento bíblico pleno da graça divina, restaurador, justo, amoroso, santificador e compromissado.

O avivamento dentro da genuinidade evangélica torna-se um elemento vital. No seu pleno sentido, avivar significa trazer-se novamente à vida. Ilustrativamente significa fazer numa pessoa morta a massagem cardiológica necessária para voltarem os batimentos do coração. Também, fazer a respiração boca a boca, que visa reoxigenar os pulmões, o cérebro e todo o ser. Em suma: recriar a vida, trazê-la de volta, ressuscitando-a!

É algo semelhante ao narrado em Ezequiel 37.1-14. A ação do Espírito divino no vale de ossos secos, simbólico ao povo de Israel. É o sopro do Espírito do Senhor que possibilita o surgimento novamente da vida.

No contexto tão dramático em que vivemos no Brasil, na América Latina e em outros continentes e países onde os poderes da morte rondam a vida é que há lugar para surgir um genuíno avivamento.

• Um avivamento bíblico, evangélico, não manipulador e nem dominador, mas participativo, pleno da graça e da ação divina.

• Um avivamento onde o Senhor age através do Cristo Ressuscitado e do vigor do Seu Espírito proporcionando vida plena e abundante a todas as pessoas, famílias, comunidades, Igreja, povo, história, natureza e todo o universo de Deus.

A Igreja cristã é desafiada a descobrir e a vivenciar uma nova realidade pastoral junto com o povo, ao lado do povo, a partir do povo e dentro da realidade em que vive o povo. A Igreja, Corpo Vivo do Senhor Jesus Cristo, é chamada a ser GRAÇA no meio da desgraça.


CONCLUSÃO -
“Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. (Ef. 5:14-18).

Pastor Theodomiro José de Freitas

E-mail:prtheodomiro@pibpavuna.com.br

07/11/10

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