terça-feira, 4 de janeiro de 2011

19. O Genuíno avivamento cria um estado e estilo de vida dominados pelo amor - O genuíno amor divino invade os nossos corações através da ação do Espírito Santo (Rm. 5:5). Amor que fundamenta o relacionamento de Deus para conosco, pois Ele nos amou primeiro. E que tem como resposta o nosso amor para com Ele (1 Jo. 4:10-21). Esse amor motiva e nutre as nossas vidas, levando-as a se expressar no autêntico amor para o próximo. Jesus nos guiou a amar ao próximo como a nós mesmos e a amarmos com o mesmo amor com que ele nos amou: “Nisto conhecereis que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns para com os outros”. (Jo. 13:35). O amor que nos nutre e nos guia tem a tipologia do amor divino, conforme o extraordinário texto do apóstolo Paulo (1 Co. 13). Amor voltado para Deus, a si mesmo, ao próximo, à natureza e à história. Amor encernado nas circunstâncias reais da vida, como foi o amor de Cristo. Por isso, tudo crê, tudo espera, tudo suporta e jamais acaba (1 Co. 13:7-8). Esse tipo de amor - o amor ágape, divino - é a força da vida, dos relacionamentos e dos atos redentores e transformadores.


20. O Genuíno avivamento está também pleno das obras de misericórdia, expressas em nosso amor, solidariedade - O Genuíno avivamento está também pleno das obras de misericórdia, expressas em nosso amor, solidariedade, sensibilidade e ações concretas a favor do nosso próximo, das famílias, dos grupos sociais e da sociedade - Testificamos o amor divino através de uma vida frutificada em obras de misericórdia. A fé centrada na graça de Cristo e manifesta na ação do Espírito Santo é operosa, produzindo obras concretas resultantes da ação divina em nós. Tiago enfatiza este aspecto da fé na vida cristã (Tg. 2:14-26). João Wesley vivenciou de forma extraordinária esta combinação entre os atos de piedade e as obras de misericórdia. Jesus em seu ministério sinalizou esta verdade, demonstrando que não temos dois Evangelhos - um espiritual e um social, mas um Evangelho que é integral para todas as pessoas, comunidade, história e mundo; e para a totalidade do ser em todos os seus aspectos constituintes. Nunca de suas visões do julgamento final ele enfatiza este aspecto (Mt. 25:31-46). Em especial na interpretação do seu ministério (Lc. 4:16-21).


21. No Genuíno avivamento, a autoridade da Igreja está sob o senhorio de Cristo (Ef.4.5; Fp.2.11) A Igreja, povo de Deus, Corpo de Cristo e comunidade do Espírito, é serva e não senhor. À semelhança de Cristo (Jo. 13:13), ela existe para servir ao Senhor, às pessoas, comunidades, mundo e ao Reino. O seu ministério é expresso não com dominação, mas com amor, moderação e compaixão. O referencial de sua missão e ministério é o próprio Senhor Jesus Cristo (Jo. 20:21). Ele é o pastor e o Bispo que conduz a sua Igreja (1 Pe. 2:25). Através do Espírito, concede dons, ministérios e funções com a finalidade de equipar os santos, visando o desempenho de seu serviço e a edificação de todo o Corpo (Ef. 4:7-12). Há uma concessão de autoridade que, submissa ao seu Senhor, cumpre o seu ministério. O genuíno avivamento não despreza a autoridade: respeita-a, valoriza-a, comunga com ela e a ajuda a exercer de forma bíblica e cristã o mandato conferido pelo Senhor. O cabeça desta comunidade é Cristo (Ef. 4:16), em quem devemos crescer e nos aperfeiçoar em todas as coisas e todas as dimensões.

22. O Genuíno avivamento reconhece a dimensão humana e sociológica da Igreja - Neste sentido, afirma a necessidade mínima de uma estrutura que seja instrumento de vida para a vivência do Corpo e sua ação missionária. O genuíno avivamento não é estrutural. Tem a estrutura da Igreja como algo necessário, mas não como algo que tem objetivo em si mesmo. A estrutura está a serviço da fé e da missão. Ela se ajusta e se transforma às novas realidades da vida pessoal, comunitária e histórica e aos interesses prioritários do reino de Deus. Não estando centrado na Instituição, mas tendo-a como um instrumento de serviço, ela se configura através da concessão, pelo Espírito, dos dons e ministérios necessários à vida interior da Igreja, ao inter-relacionamento das Igrejas e à vivência missionária extra-Igreja. Há um lugar de importância para as estruturas eclesiásticas e institucionais, desde que não sejam fins em si mesmas e não se tornem ídolos e objetivos finais. Ninguém vive ou morre para si mesmo. Quer morramos, quer vivamos, somos do Senhor e para Ele vivemos (Rm. 14:8-9).


Pastor Theodomiro José de Freitas
E-mail:prtheodomiro@pibpavuna.com.br
12/12/10

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